Saúde. Um formulário antifraude de licença médica será obrigatório a partir de 1º de julho.

O seguro de saúde está tornando obrigatório um novo formulário em papel a partir de 1º de julho, que é “difícil de falsificar e mais seguro”.
Como podemos conter a venda de atestados médicos falsos nas redes sociais ou online? Para o Seguro de Saúde Francês (Assurance Santé), uma solução é exigir um novo formulário em papel a partir de 1º de julho, que seja "difícil de falsificar e mais seguro". Embora a grande maioria dos atestados médicos seja atualmente emitida eletronicamente e de forma segura, os atestados médicos falsos ainda representam perdas financeiras para o Seguro de Saúde Francês (Assurance Santé) de "mais de 30 milhões de euros em 2024, em comparação com 8 milhões em 2023", de acordo com o site oficial da administração francesa.
A venda de atestados médicos falsos nas redes sociais ou online é "a causa deste aumento acentuado", segundo a plataforma. Esses sites fraudulentos foram denunciados pelo deputado Antoine Vermorel-Marques (Direita Republicana). O deputado do Loire conta em suas redes sociais como "por 19 euros, sem sequer consultar um médico", conseguiu obter um atestado médico falso. "Francamente, não pensei que fosse tão fácil cometer fraude", lamenta o homem que, em abril, apresentou um projeto de lei que visa "demitir funcionários que usem atestados médicos falsos".
Tinta magnéticaPor enquanto, o governo francês está tornando um novo formulário obrigatório, a partir de terça-feira, para todos os pedidos de licença médica em papel. Disponível desde setembro de 2024, este documento era anteriormente recomendado apenas para profissionais de saúde. O novo formulário exige sete pontos de autenticação: papel especial, uma etiqueta holográfica, tinta magnética e os elementos de identificação do prescritor. Documentos de licença médica "que podem ser preenchidos e impressos a partir de um software de prescrição" agora serão rejeitados pelas operadoras de planos de saúde. O mesmo se aplica a "digitalizações e fotocópias de formulários de licença médica".
O Seguro de Saúde lembra que "nenhuma licença médica pode ser obtida sem consulta ou teleconsulta com um profissional de saúde". Em caso de teleconsulta, a licença médica ou a renovação da licença médica "não pode exceder a duração de três dias se o prescritor não for o médico assistente nem a parteira de referência".
Para os profissionais de saúde, a transmissão eletrônica pela plataforma Amelipro "de um aviso de licença médica desmaterializado continua sendo a forma mais segura de evitar fraudes e uso indevido", insiste o Seguro de Saúde. Quase oito em cada dez avisos de licença médica já são transmitidos eletronicamente ao Seguro de Saúde "por prescritores (principalmente médicos ou parteiras) a partir de seus computadores", segundo a organização. Essa transmissão eletrônica permite "não apenas tempos de tratamento mais curtos, mas também condições de segurança aprimoradas".
Prisão e multasMas em certas situações, como uma visita domiciliar, a licença médica eletrônica não é possível, e "um formulário Cerfa em papel de três partes deve ser usado", explica a Agência Francesa de Seguro de Saúde. O paciente deve então enviar as partes 1 e 2 em até 48 horas para o departamento médico de sua caixa de seguro de saúde primária (CPAM). A parte 3 deve ser entregue ao empregador, se o paciente for empregado, ou mantida, se for autônomo. Se o paciente estiver desempregado, a parte 3 deve ser enviada à France Travail.
Segurados que apresentarem atestados médicos falsos ao Fundo Francês de Seguro de Saúde estão expostos a "pesadas penalidades financeiras", alerta a organização. Os fraudadores correm o risco, em primeiro lugar, de "reembolso integral das diárias recebidas indevidamente". "Multas financeiras altíssimas, até três vezes o valor da perda financeira sofrida pelo Fundo Francês de Seguro de Saúde", também podem ser aplicadas. Em caso de reincidência ou fraude em larga escala, podem ser instaurados processos judiciais "por falsificação, uso de falsificação e fraude, crimes puníveis com 5 anos de prisão e multa de € 375.000".
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