Terapia desenvolvida para restaurar danos cardíacos causados pelo colesterol

Uma equipe de pesquisadores da Universidade da Califórnia (Estados Unidos) e da Universidade de Toulouse (França) descobriu como o colesterol pode alterar o funcionamento interno do coração e desenvolveu uma imunoterapia experimental capaz de reverter esse processo.
O estudo, publicado no Journal of Lipid Research, foi liderado por Vicenta Llorente-Cortés, pesquisadora do grupo de Lipídios e Patologia Cardiovascular do Instituto de Pesquisa Biomédica de Barcelona do CSIC (IIBB-CSIC), do Instituto de Pesquisa de Sant Pau (IR Sant Pau) e do CIBERCV (Conselho de Pesquisa da Europa Central).
Conforme explicado em comunicado pelo Instituto de Pesquisa Sant Pau na quarta-feira, o colesterol, ao se acumular nas mitocôndrias dos cardiomiócitos (células do músculo cardíaco), pode afetar o funcionamento interno do coração.
Este órgão requer um suprimento alto e constante de energia e depende da eficiência das mitocôndrias, estruturas dentro das células que funcionam como centros de energia, para manter a contração muscular contínua.
Leia: Terça e quarta-feira nos Campos de Soriana: Estas são as ofertas de hoje e de amanhã"Demonstramos um mecanismo até então desconhecido: o colesterol transportado pelas lipoproteínas não afeta apenas os vasos sanguíneos ou os depósitos em placas, mas também penetra nas mitocôndrias do coração, comprometendo a respiração celular e, consequentemente, a função do próprio coração", explicou Llorente-Cortés.
Nesse sentido, diversos estudos têm indicado que, “em condições metabólicas alteradas, como obesidade, diabetes ou hipercolesterolemia , ocorre disfunção mitocondrial progressiva que agrava a insuficiência cardíaca ”.
Para abordar esse mecanismo prejudicial, a equipe desenvolveu uma imunoterapia experimental baseada em "anticorpos monoclonais " que bloqueia seletivamente o receptor LRP1 de transferir ésteres de colesterol, transportados no sangue por lipoproteínas, para o interior da célula, interrompendo assim seu acúmulo nas mitocôndrias.
"Nosso tratamento experimental nos permite atuar no coração em um nível até então intocado: dentro da célula, dentro das mitocôndrias, onde a energia vital do músculo cardíaco é gerada", observou Llorente-Cortés.
Este estudo também contou com a colaboração de pesquisadores do CIBERdem, do Instituto de Biologia Molecular de Barcelona do CSIC (IBMB-CSIC), da Universidade de Barcelona (UB), da Universidade Autônoma de Barcelona (UAB), da Universidade da Califórnia (EUA) e da Universidade de Toulouse (França).
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