A doença de Alzheimer não é mais uma doença fatal

Um estudo inovador apoiado pelo bilionário Bill Gates aponta para um avanço promissor no combate a doenças neurodegenerativas como Alzheimer e Parkinson . No estudo, divulgado pelo Financial Times, cientistas mediram mais de 250 milhões de proteínas em amostras biológicas de 35.000 pessoas.
O objetivo era identificar os primeiros sinais de envelhecimento e doenças cerebrais. Os resultados revelaram padrões proteicos únicos que sinalizam a degeneração cerebral muito antes do aparecimento dos sintomas da doença. Os pesquisadores identificaram certas assinaturas proteicas especificamente ligadas à perda de memória e ao declínio cognitivo. Essas assinaturas podem ser observadas mesmo em pessoas sem quaisquer sintomas clínicos.
GENE QUE AUMENTA O RISCO DE ALZHEIMER Além disso, um novo padrão proteico foi encontrado diretamente associado à variante do gene "APOE4", conhecida por aumentar o risco de Alzheimer. Essa descoberta é crucial para entender como a predisposição genética afeta as vias inflamatórias no cérebro. O estudo não apenas aumenta as possibilidades de diagnóstico precoce, mas também fornece uma compreensão aprofundada de como as doenças se desenvolvem no nível celular. Isso pode abrir caminho para o desenvolvimento de novos medicamentos que tenham como alvo as vias proteicas no futuro. "DE UMA DOENÇA MORTAL PARA UMA CONDIÇÃO CONTROLÁVEL" Gates enfatizou que este estudo é um passo importante para transformar o Alzheimer "de uma doença mortal para uma condição controlável", afirmando que o objetivo real não é apenas retardar a doença, mas preveni-la completamente. O enorme conjunto de dados obtido na pesquisa foi disponibilizado à comunidade científica. Isso abre caminho para novas descobertas por meio de análises alimentadas por IA. Segundo especialistas, esses dados podem lançar luz não apenas sobre Alzheimer e Parkinson, mas também sobre outras doenças degenerativas, como ELA e demência frontotemporal. Em última análise, essa pesquisa tem o potencial de revolucionar o combate às doenças neurológicas: detectar e intervir antes do diagnóstico é uma realidade.
ntv