Nove "benzodiazepínicos sintéticos", drogas altamente viciantes, são proibidos desde quinta-feira

O número de relatos de problemas relacionados aos benzodiazepínicos sintéticos , moléculas usadas como medicamentos e com efeitos particularmente acentuados, está aumentando, destacou a Agência Nacional Francesa para a Segurança dos Medicamentos (ANSM) na quinta-feira, 10 de julho, citando a identificação de novas moléculas.
“O número de relatos de monitoramento de dependência química vinculados a benzodiazepínicos sintéticos continua aumentando e novas moléculas dessa classe foram identificadas no território”, resumiu a ANSM em um comunicado à imprensa .
Essas moléculas, com estrutura semelhante à dos benzodiazepínicos clássicos, mas modificadas para acentuar seus efeitos, são vendidas na internet e usadas "para reduzir a ansiedade, como sedativo ou em combinação com outros medicamentos".
No entanto, "o poder de ação desses benzodiazepínicos sintéticos faz com que eles possam causar efeitos graves à saúde, mesmo em doses muito baixas: sedação grave - sonolência que leva ao coma -, confusão, agitação, comprometimento da memória, distúrbios de equilíbrio e coordenação, dificuldade para respirar", continua a ANSM.
"Esses efeitos colaterais podem durar vários dias", insistem. "O risco de uma overdose potencialmente fatal também é muito alto."
Esses produtos são teoricamente proibidos. Mas novas moléculas surgiram, escapando efetivamente da regulamentação por não estarem incluídas na lista de psicofármacos estabelecida pela ANSM.
A agência identificou, portanto, nove novas moléculas que serão adicionadas a esta lista. Sua produção, venda e consumo estão, portanto, explicitamente proibidos desde quinta-feira, 10 de julho.
Estas são as moléculas bentazepam, bromonordiazepam - sinônimo de desalquilgidazepam -, flubrotizolam, fluclotizolam, gidazepam, metilclonazepam, norflurazepam - sinônimo de norfludiazepam ou desalquilflurazepam-, tionordazepam - sinônimo de desmetilsulazepam- e tofisopam - sinônimo de emandaxina.
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